Não é sucesso de bilheteria
Tampouco é ficção.
A vida não está imitando a arte
Está longe da fantasia
São as vidas se esvaindo
Qual água por entre os dedos
Diante dos olhos
Dos incrédulos espectadores.
A visão que desencanta
Está num clic.
Que controla o descontrole
Da vida acabando ao vivo
E a morte nos afrontando em tempo real
A tecnologia cobiçada
Pra lutar contra o mal.
Transforma-se nos olhos da morte
Em condomínios, ou em favelas
Bancos, parques ou escolas
Becos, ruas ou nas vielas
O corpo que cai,
Não é criação do Hitchcoock,
È a morte que está ao vivo.
Vestida com a máscara do ódio
Empunhando a foice da intolerância
È a morte chegando on line.
Nas telas de LCD
com alta definição
qualidade digital.
Eu não queria, mas vejo.
A mãe vê o filho também vê.
A viúva, o pai, o marido...
O mundo não queria, mas vê.
A morte ao vivo e em HD.