Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Meu desejo


Meu primeiro desejo,
é  um o ano sem ciúmes ou desconfianças

Desejo que no novo ano
As flores floresçam em sua janela
Crianças lhe sorriam,
e canções celestiais embalem o seu sono

Desejo
Que não faltem ouros em sua carteira,
E que a sorte lhe favoreça.

 Desejo que seus amores sejam correspondidos
E, se não forem, se transformem em bons amigos

Desejo-lhe  céus azuis
Mas se estiverem nublados,
Que um arco Iris se faça presente

Desejo verdes e brilhantes mares
Saúde de um  touro,
Fé, como a que teve  Jó.
A paz dos anjos
A felicidade dos justos
Tranqüilidade dos inocentes,
Pureza como as dos olhos de um vira lata

Enfim, desejo ter-lhe sempre como amigo
Verdadeiro sem ser permissivo
Amoroso sem protecionismo
Fiel sem obrigação.
Presente mesmo que ausente
Feliz no ano novo
Feliz na vida que se renova.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Morte ao vivo

Não é sucesso de bilheteria
                                                                Tampouco é ficção.
A vida não está imitando a arte
Está longe da fantasia

São as vidas se esvaindo
Qual água por entre os dedos
Diante dos olhos
Dos incrédulos espectadores.

A visão que desencanta
Está num clic.
Que controla o descontrole
Da vida  acabando  ao vivo
E a  morte nos afrontando em tempo real

A tecnologia cobiçada
Pra   lutar contra o mal.
Transforma-se nos olhos da morte
Em condomínios, ou em favelas
Bancos, parques ou escolas
Becos,  ruas ou nas vielas

O corpo que  cai,
Não é criação do  Hitchcoock,
È a morte que  está  ao vivo.
Vestida com a máscara do ódio
Empunhando a foice  da intolerância
È a morte chegando  on line.

Nas telas de LCD
com alta definição
                                                                     qualidade digital.
Eu não queria, mas vejo.
A mãe vê o filho também vê.
A viúva, o pai, o marido...
O mundo não queria, mas vê.
A morte ao vivo e em HD.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

ENGANOS


QUERIA TANTO AMAR,
QUE  DESCUIDEI
E AMEI.
AMEI TANTO,
QUE NEM SEI
SE FOI SONHO...
 OU VERDADE O QUE VIVI

QUERIA TANTO AMAR,
QUE   DESCUIDEI
E AMEI
E AMEI TANTO
QUE SOFRI
UM SOFRIMENTO DO MESMO TAMANHO...
DO AMOR QUE SENTI


QUERIA TANTO AMAR,
QUE   DESCUIDEI
E AMEI
ENGANEI-ME...
O ENGANO DE ACHAR  QUE ERA AMADA
ME INLUDI, E ME QUEBREI

QUERIA TANTO AMAR;
QUE   DESCUIDEI
E AMEI
E FIZ AMOR
COM UMA MENTIRA
MENTIDA POR MIM MESMO.

PALAVRAS


SEM SONO, SEM FOME E SEM DONO,
INFELIZ!
SEM QUEM  OUÇA , ACOLHA
RESPONDA  OU DÊ RAZÃO
SOZINHO!

QUAL UM VÃO DE CASA VAZIA...
DE SERES, AMORES, SENTIMENTOS
HABITADAS PELAS  ARANHAS
TANTAS TEIAS NAS ENTRANHAS.

QUANTA PENA ACUMULADA NO VAZIO
DE QUEM  SE PERDEU
NAS  PALAVRAS...
 AUSÊNCIA OU  EXCESSO DELAS

AOS QUE FALAM,
PALAVRAS  POUCAS,
AOS QUE ESCUTAM,
PALAVRAS TOLAS

NÃO SABER FALAR,
NÃO ESTAR PRONTO PARA OUVIR
 ASSIM, VÃO-SE EMBORA
                                                            AS CHANCES DE SER FELIZ.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AQUELE HOMEM.


Aquele homem...
Olhos tristes
Peito arfante
Cansou.

Aquele homem...
Prisioneiro sem culpa
Peito arfante
Cansou

Aquele homem...
Injustiçado
Peito arfante
Cansou.

Aquele homem...
Esquecido no cárcere
Peito arfante
Cansou

E, a mão da lei...
Que aprisionou e entristeceu
Injustiçou e esqueceu.
Cansou?

Ao senhor Marcos Mariano Silva.
Brasileiro vitima da injustiça.
Morto em 22 de novembro de 2011

domingo, 27 de novembro de 2011

MARCAS


AH! ESSE MENINO QUE PASSA,
SEM SONHO, ALENTO, OU ILUSÃO
 NO  PASSADO  LHE DERAM
 DOR E RESSENTIMENTO
NO PRESENTE...
 FOME E DESALENTO.

AH! ESSE MENINO QUE PASSA
LAMBENDO AS FERIDAS FEITAS PELO TEMPO
MARCADO PELA  POUCA VIDA JÁ SOFRIDA
QUEM PODERÁ VIR A SER
QUEM ESTUDA NA ESCOLA DO DESCASO
QUEM CIRCULA PELA ESTRADA DO PRECONCEITO
QUEM É FILHO DA OMISSÃO E DO DESRESPEITO?


AH! ESSE MENINO QUE ME FERE,
SUAS MARCAS CHOCAM, APONTAM
TENTO EM VÃO EXIMIR A MINHA CULPA
MAS, CULPADO QUE SOU SILENCÍO
                                           FECHO OS OLHOS ENXOTO SUA IMAGEM
NESSE NOSSO JEITO DE FUGIR
 DO SANGUE QUE ESCORRE...
DOS OLHOS DESSE MENINO QUE CORRE.